quinta-feira, 12 de agosto de 2010

As duas montanhas.


(da série: poemas escritos por duas mãos direitas)

Sobre o mundo e suas colunas:
Membros de duas lacunas
Esculpidos em monte cavo;
O amor por entre as brumas.
Num extremo a solidão,
N'outro o choro como espumas.

De um extremo à outra ponta,
Vivendo puro faz-de-conta:
Tentam crer que algum dia,
O acaso que os afronta
Cairá num cais aberto
Redimindo a estrada pronta.

Lá, na breve criação,
Eles morreram de ilusão
De unir suas mãos abertas
Sob a benção de um tufão,
Erradicando a tristeza
Com a esperança de união.

Quando então fez-se sol,
Depois que lá si bemol,
Os dois genes singular,
Frente a rota de um farol,
Se uniram permanentes:
Entre as farpas de um anzol.

Lucas Mesquita & Lívia Macedo

1 comentários:

Lucas Mesk disse...

Meu amor por você não se limita ao tempo e ao espaço... fique na sua montanha que eu fico na minha... no fim estaremos juntos como sempre estivemos.

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