terça-feira, 25 de maio de 2010

Veja, Fellini...


C a n s e i de tanto
e chorei meu pranto
no teu jardim.
Pra que tudo isso?
Vou tomar chá de sumiço
e perder-me em mim.
Muito pra nada,
corrida acirrada,
quão é superficial.
Quero o pequeno,
sublime e sereno
ver tornar-se imortal.
sim... quero que a simplicidade faça morada em mim.

LíviaMacedo

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Cores flutuantes.


Amarelos, verdes, azuis;
eram de tantas cores aqueles balões,
que em gás hélio me perdi.
em meio a tantas emoções,
de lembranças me recompus
e em nuvens de imensidão, caí.



Subiam tão alto
mas meu pensar os alcançou...
Deixei-me desmanchar
e o sonho me embalou
- num canto barato -
embebedei-me em céu e mar.


Meu horizonte está distante
de toda aquela preocupação...
como os balões, subo também leve
mas pronta pra estourar com a pressão
que a atmosfera já faz contente
sua simples ação ser breve.




Puf. Agora nada mais sou, mas fui livre, um dia...



LíviaMacedo

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Muu!



E quantas vezes também nós assim o somos, nos deixando levar por tudo o que nos dizem e querem que sejamos; e sem pestanejar, acabamos nos tornando mais um deles... Uma comparação bem boba, mas creio que a ideia central foi passada. Abraços!


LíviaMacedo

terça-feira, 11 de maio de 2010

...e só morre quem vive.


A noite só existe porque vem o dia;
A lágrima na maioria das vezes só é triste, porque há sorrisos;
A mentira só é falsa, porque há a verdade.


Pra todo acerto, um erro. Pra se obter um par, é preciso antes, possuir ímpar. Para algo inteiro, duas metades...É a lógica da vida, em que aplico pra benefício próprio. Pois não há luz que não possa clarear trevas. E mesmo que elas persistam em enegrecer, um raiozinho que haja, já é algo. Deixem uma fresta aberta e permitam-se.
LíviaMacedo

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Uma relação intra-específica desarmônica


Resolvi que sou árvore de outono. Não abrigo ninguém. Apenas desnudo-me... sou toda galhos! Não que eu seja a melancolia personificada, mas a tenho sempre por perto. Pelo menos eu não me decepciono tanto... Costumo prender-me muito e assim perco-me. Saio de mim, sugo a vida do outro. Mas não como numa relação parasita! Acho nesse caso eu é quem saio perdendo. Absorvo suas tristezas, suas angústias e as tomo para mim... como se as minhas já não me bastassem! Oras, reaja!



o sol já se vai
e o raio que me restava
era apenas a luz dos teus olhos.
mais uma dia que cai,
logo o sono embebedava
a visão dos meus sonhos.

mas se sou tão tua
e você tão somente meu,
deveria eu temer?
e essa dúvida ainda crua,
me diz que o verdadeiro eu
só existe por te ter.

LíviaMacedo
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