quinta-feira, 2 de setembro de 2010

O choro.


Cortam-me o único elo de ligação
Que estava comigo desde a geração
Minha aliança, meu cordão umbilical
Minha energia, meu amparo informal
E assim ora pois, hei de eu crescer
Sob o ócio, o vago, só me resta morrer.


Percebo aí, que o mundo é todo claridade
Uma fresta de luz me contorce e me invade
Choro então, pois percebo pra onde vim
Mundo louco, onde emana água carmim
Serei eu mais um motivo de vindoura dor?
Ou cantarei ao meu leito grande louvor?


O que faço eu, sem meu primeiro bem-querer?
Meu colo materno, meu constante venerável ser.


LíviaMacedo

1 comentários:

Luiz Inácio disse...

Que bebê, foto, texto, imaginação explêndida e surreal.

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